Irei aqui descrever a maior parte dos sistemas
econômicos conhecidos, expor seus pontos altos e baixos, minha análise, e assim
poder sanar dúvidas.
Essa
publicação serve mais como um guia e está aberto a correções por edição e
expansões em novas partes contendo outros sistemas econômicos, quem entrar aqui
pode aprender de forma geral lendo todo conteúdo ou então caso tenha dúvidas em
outras publicações fazer consultas para entender melhor o conteúdo cujo qual
acompanhava.
Peço
que quem for colaborar enviando suas análises, corrigindo erros ou indicando
outros sistemas econômicos, o faça com educação, argumentos e se possível,
fontes, obrigado. Então vamos lá:
Feudalismo; Esse sistema econômico extinto é caracterizado pela
necessidade de existir castas sociais na sociedade, semelhante a como ocorre em
abelhas, cupins e formigas, cada casta humana assumi um papel que vai desde
liderar, proteger e trabalhar e diferente das classes sociais não a perspectiva
de mudanças de uma casta para outra a menos em ocasiões excepcionais. Essa
sistema econômico funciona bem em governos monárquicos e aristocracias por
títulos mas nada impede fazer presença também em autocracias, os lucros e
ganhos, ou prejuízos e perdas que a sociedade venha a ter é dissipado no estado
como um todo mas não em proporção iguais, cada casta superior recebe mais e
perde menos que as castas inferiores engessando ainda mais as mudança de
castas.
Esse
sistema econômico recebeu esse nome por ter tido seu apogeu em um período que a
maior parte do território em que ele estava instalado no mundo era produtor de
matéria primária, ou seja mineradora, agrícola e pecuarista e estava geograficamente
organizado em porções de território chamados de feudos, cada feudo tinha seus líderes,
camponeses e soldados entre outros, juntando os feudos de um mesmo povo tínhamos
no território um estado e nas pessoas a nação, podendo ter assim cada estado
vários feudos.
Apesar
do termo feudalismo ser sempre encarado como o nome desse sistema econômico ele
não é só isso, assim como o sistema em si poderia ganhar um novo termo para ser
referenciado, isso ocorre porque nada impede em teoria de se criar um novo
período em que as divisões geográficas estariam novamente organizadas em
feudos, existindo um feudalismo e nem por isso existiriam um sistema de castas
sociais ou economia funcionando naqueles moldes, ou então pode existir também a
implementação em um estado de uma organização de castas sociais e de
distribuição de recursos nos padrões que era feito no feudalismo mas nem por
isso existiriam os feudos, até porque nos dias atuais a produção de matérias
primárias não está só como motor econômico, dividindo espaço com a indústria,
instituições financeiras e os meios de conectividade e informação que contempla
as redes sociais e a impressa tradicional, ou seja, o feudo foi algo marcante
nesse sistema naquele período mas não é um elemento que faz parte da sua
essência e estrutura básica e portanto não deveria ter sido usado para criar o
termo que se utiliza para denominar o sistema econômico, mesmo assim ele foi.
Esse sistema
veio a ruir em quase todos os lugares que estava implementado pelos mesmos
motivos, as castas sócias responsáveis pelo trabalho pesado, mineiros e
camponeses em determinado momento se rebelavam inconformados com a situação de
vida humilhante e sem perspectiva de melhora causando convulsões sociais, essas
convulsões no decorrer de décadas e até séculos originavam grandes
reviravoltas no poder mas essas mudanças acabavam apenas por dar lugar a uma
nova configuração de castas, tendo trocado os indivíduos e suas ordens
hierárquicas mas não a estrutura de funcionamento do sistema econômico, até que
indivíduos que não queriam mais subir de casta por meio de revoltas e sim por
meio de obtenção de seus próprios ganhos passaram a coordenar mudanças dentro
das pautas das revoltas que ocorriam para que elas após tentar restabelecer a
nova configuração das castas permitissem também direitos sobre bens e lucros
individuais nascendo assim a burguesia, nome adquirido pois aqueles que
passaram a pertencer a ela costumavam a habitar os burgos, pequenas cidades em
meio ao cenário dominante agrário e que mostraria como contornar essa
insatisfação de engessamento social e estabelecendo as classes sociais em
paralelo com as castas, essa estrutura paralela posteriormente permitiu tornar
indivíduos sem deter o poder de liderar mais poderosos economicamente que os
que lideravam. Para entender como classes sociais em simultâneo a castas
sociais era possível no estágio final do feudalismo, podemos usar de exemplo um
simples camponês que antes entregava a sua colheita ao senhor feudal que por
sua vez lhe dava o suficiente apenas para comer e permitia plantar novamente
nas suas terras, quando adquirido o direito de acúmulo de bens e a fixação de
quanto deveria ser entregue ao senhor era estabelecido, a produção
excedente poderia servir como moeda de troca para comercializar,
logo o indivíduo que ainda era alguém sem direito a governar e muitos outros
privilégios por pertencer a casta camponesa e não a nobre tinha no entanto
carruagens levando e trazendo mercadorias, soldados contratados, arrendamento
de terras em outros feudos, outros camponeses trabalhando para ele, silos
cheios de grãos e assim por diante, sendo assim pertencente a uma classe social
elevada em simultâneo a uma casta social inferior. Este grupo de pessoas
influenciados pelas ideias de novas estruturas de governo como a monarquia
constitucional e a democracia moderna derrubaram de vez o sistema econômico do
feudalismo em meio a revoltas que não buscavam mais mudança em quem pertencia a
qual casta mas sim o fim das castas e o estabelecimento somente da organização
por classes sociais. Alguns poucos lugares do mundo mantiveram esse sistema
econômico por mais tempo por ainda não terem iniciado o processo de revoltas
que garantiriam diretos a indivíduos de modo a subirem como classe social mas
como a influência dos sucessos dos estados que tinham o abandonado acabaram por
se espalhar fez com que lugares ainda confortáveis dentro do feudalismo
acabassem por o abandonar também por decisão das próprias castas superiores que
preferiram fazer a transição tendo controle de como seria o processo para
saírem privilegiadas a partir dali então como poderosas classes sociais, a
esperar ocorrer revoltas internas e acabarem por ver o sistema ruir com elas
correndo o risco de perder tudo que detinham. A escravidão foi o último
vestígio do sistema de castas sociais a perdurar no mundo até vir a ser
erradicado completamente em tempos relativamente mais recentes.
Se nos
dias atuais fosse ser implementado um sistema econômico do feudalismo
"saudável" e sem a influência já das revoltas tentando alterá-lo,
primeiramente ele iria ter outro nome, e as castas sociais seriam divididas
como as classes sociais atuais, no entanto tudo pertenceria ao estado e ao
invés de governos políticos, donos dos meios de produções privados e trabalhadores
teríamos os donos do estado como governo, decidindo os rumos diplomáticos,
militares e o que fazer com os lucros e ganhos excedentes, semelhante a
monarquias e aristocracia por títulos, administradores dos meios de produção
estatal que estariam lá com a função pertencendo a eles e suas famílias de
forma vitalícia e gozando de uma boa infraestrutura de vida e os trabalhadores
que só teriam o suficiente para viver e continuar trabalhando, todos e suas
futuras gerações engessados nesse cenário sem melhorar ou piorar em detrimento
de mérito ou esforço, ao contrário do que ocorre por exemplo no comunismo que
um desfecho parecido ocorre mas não necessariamente é o idealizado
inicialmente, no feudalismo serio o sucesso do planejamento inicial e da
execução do sistema econômico.
Pontos
altos do feudalismo; O feudalismo poderia ser um sistema perfeito se não fosse
utilizado para a espécie humana, prova disso é o sucesso obtido em outras espécies
na divisão de castas para cada função e até especializações, como o ser humano
é racional de forma individual e não coletiva esse sistema econômico em si não
traz vantagem nenhuma e seu uso foi uma consequência do uso de estruturas de
governo que ai sim teriam suas vantagens e desvantagens e que teriam se
utilizado desse sistema econômico para se enraizar mais ainda no poder.
Pontos
baixos do feudalismo; O feudalismo é perverso e causa muito sofrimento a
grandes massas populacionais, não incentiva o empenho daqueles inseridos no sistema
em aumentar a produtividade nem em inovar os processos produtivos ou em
qualquer outra área, também não é eficaz no aspecto de aproveitamento dos
recursos ocorrendo desperdícios nas castas avantajadas e com poucos indivíduos.
Análise
do feudalismo; Esse sistema econômico ruiu por ter muita ineficiência em se
ajustar ao modo que funcionam as sociedades humanas, obras de ficção acabam por
se utilizar desse sistema para moldar sociedades utópicas humanas em algum
cenário que esse sistema poderia a vir se adequar melhor uma vez que a
experiência tida com o sistema foi em tempos muito diferentes dos atuais e se
apesar de não parecer oportuno outra experiência é possível perceber que as
dinâmicas sociais humanas sim mudam e hipoteticamente um dia poderiam ser
ideais para esse sistema funcionar de forma mais assertiva, nessas obras também
se observa esse sistema sendo utilizado por outras espécies que teriam sua
inteligência na forma coletiva e o sistema se mostra muito promissor, no
entanto ficção é ainda mais distante da prática que a teoria e sendo assim não
existe qualquer motivação lógica para alguém com boas intenções querer
ressuscitar esse sistema econômico.
Capitalismo; O sistema econômico mais utilizado no mundo e sem dúvida o
mais bem sucedido até o dia dessa publicação, com inúmeras experiências através
das mais diferentes sociedades e localidades, com históricos de fracassos
retumbantes e sucessos épicos, altamente maleável e adaptável desde que tratado
com seriedade e apesar de deter quase que o monopólio dos caminhos viáveis para
um pais seguir economicamente ainda sim é ironicamente pregado como um dos
males da humanidade e odiado por um gigantesco fã clube de pseudo-intelectuais.
O
capitalismo surgiu após a ruptura do feudalismo, mas não tão logo depois e nem
repentinamente, houve um período de vácuo entre o fim de um e o surgimento do
outro em que aparentemente não existia um caminho bem teorizado para guiar os
governos. Nesse período em que as economias de nações inteiras estavam a deriva
e procurando uma forma de se desenvolver sem cair em armadilhas econômicas que
as colocariam em crises surgiu o movimento das práticas mercantilistas que perdurou entre o final do
século 15 ao século 18, apesar de ter seu próprio período esse movimento não
foi um sistema econômico pois não tinha seu próprio modelo de produção ou
organização.
Com a
formação de estados modernos sem estarem retalhados por feudos, a abolição das
castas sociais e consolidação das classes sociais os países experimentaram o
poder estatal centralizado, investimentos privados por parte da burguesia para
o surgimento de empreendimentos comerciais tanto terrestre como marítimo,
manufaturas e a intensificação do colonialismo. Nessas mudanças o mercantilismo
entra com os governos descobrindo a necessidade de manter uma balança comercial
equilibrada entre os estados, ocorre muita intervenção estatal para o
protecionismo alfandegário e por fim além da busca por acúmulo de propriedades
e mercadoria os indivíduos de classe alta e os próprios governos passam a
buscar por acúmulo de metais preciosos, prática chamada de metalismo, na
Espanha mais precisamente é inaugurada um contra-metalismo mais tarde chamado
de colbertismo, nome que recebe porque foi levado para França por Jean-Baptiste
Colbert, que se refere ao acúmulo de meios de produção manufaturado para
garantir um balança comercial favorável no que diz respeito a valores em moedas
estrangeiras na entrada e saída de mercadorias e não em volume de mercadorias
em si.
Com o
surgimento e a intensificação da revolução industrial que nascerá das buscas
pelo maior acumulo manufatureiro um filósofo então resolveu observar todo esse caos
e estabelecer uma lógica para entender o funcionamento daquele mundo moderno
que estava surgindo, o filósofo britânico Adam Smith mostrou que segundo suas
observações e reflexões era certo que a intervenção do estado prejudicava mais
que ajudava no desenvolvimento da força produtiva que a burguesia se esforçava
para alavancar uma vez que a livre concorrência somada a vontade de cada um em
defender seus próprios interesses financeiros levaria ao aprimoramento
tecnológico, redução de custos, e a "mão-invisível" do mercado por si
só faria com que o preços se equilibrarem em função da oferta e procura pelos
bens e serviços que o povo utilizasse, intervir levaria a zonas de conforto que
desincentivariam a lutar pelo aprimoramento, distorções do que deveria e quanto
deveria estar no mercado e consequentemente a crises, isso retirou do estado
centralizador responsabilidades e o impôs limites jogando no colo da iniciativa
privada o controle quase completo de toda economia. Essa possibilidade e busca
por ter e acumular propriedades privadas sejam elas mercadorias, terras, meios
de produção e até mesmo dinheiro em si, o estabelecimento de um modelo ideal de
funcionamento de mercado e limites aos governos, e a relação dono do meio de
produção com funcionários inaugura definitivamente o que se entende como o
modelo de sistema econômico capitalista.
O
capitalismo veio a prosperar ainda mais com e rápida evolução tecnológica e o
surgimento de inovações no sistema como a organização do investimento bancário
sobre o investimento industrial que permitia formações de grandes e fortes
empresas, mas mesmo com tantas inovações e com os preceitos bem definidos e
respeitados crises começaram a surgir, mais tarde isso veio a mostrar que os
limites estabelecidos para o estado por Smith estavam defasados pois a realidade
do capitalismo daquela época estava mudando para outra, algo constatado pelo
antropólogo e sociólogo húngaro Karl Polanyi na sua obra A Grande
Transformação, grandes monopólios e cartéis estavam distorcendo a
"mão-invisível" do mercado, práticas de uso de informações
privilegiadas e diluição de ações faziam um engessamento social malévolo para
quem queria se aventurar como investidor, o proletário estava sendo explorado
muito contundentemente para redução dos custos de produção de forma que deixavam
de ser além de uma força produtiva, também uma força consumidora, levando o ao
início de buscas por revoltas e opções ao sistema capitalista, e bolhas
financeiras oriundas de especulações irresponsáveis explodiam deixando um
rastro de quebradeira para muitas empresas e nichos inteiros de mercado. Foi
assim que o sistema capitalista mostrou sua maior qualidade, a sua
maleabilidade, ao invés de se arraigar a pilares estáticos e sucumbir como
ocorreu com o feudalismo e demais sistemas econômicos, o capitalismo não tem
essa empecilho pois com uma simples alteração no tanto que é compreendido como
correto do estado intervir no mercado já proporciona mudanças drásticas na economia,
essas mudanças de dinâmica nas intervenções nem mesmo precisam ser contínuas,
podendo ser como prega o keynesianismo sazonais, bastando para solucionar
problemas afinal, se o direito pela propriedade privada esta conservado, a
procura pelo acúmulo de capital, o aperfeiçoamento dos meios de produção e a
máquina pública só vindo a intervir em áreas da iniciativa privada quando
necessário, está assim mantido os princípios do capitalismo e o que muda seria
apenas o quanto e quando é essa intervenção do estado.
Na
atualidade o capitalismo liberal clássico ou como também é muito chamado laissez-faire,
deixou de ser unânime por todo o globo e existem algumas vertentes de como
acomodar o sistema capitalista a realidade de cada país e período se utilizando
dessa maleabilidade, dessa forma não á como culpar o sistema econômico por
eventual experiências fracassadas e sim motivos como, corrupção, negligências
no que diz respeito a seguir os preceitos necessários estabelecidos para seu
funcionamento saudável e más escolhas de vertentes do sistema diante do que se
faz necessário.
Entre
as vertentes que se mostram importantes para citar estão; o capitalismo de
estado, vertente em que não a segurança jurídica forte que protege a
propriedade privada e constantes e repentinos aumentos de intervenção estatal
no mercado, levando a sim existir a possibilidade de acumular capital e demais
características capitalistas mas com o temor dessas características serem
eliminadas, esse sistema é empregado em governos autocráticos, populistas com
instituições que se corromperam, em estado de guerra civil ou guerras com
outras nações, muito criticado por pensadores como Friedrich Hayek mas embora
tenha na maioria das experiências motivações erradas realmente é necessário em
alguns casos específicos de guerra. Capitalismo de bem-estar social, essa é a
vertente dos sonhos para os integrantes do movimento da social-democracia, nele
o estado é bem participativo com assistencialismo, carga tributária pesada e
distorções no mercado como por exemplo através de subsídios, de forma que torna
os meios produtivos menos competitivos mas converte o proletário em uma força
consumidora muito forte. Capitalismo neoliberal, apesar do termo anteriormente
se referir a um conjunto de ideias muito diferente, atualmente esse termo se
refere a uma vertente do capitalismo que prega a participação do estado no
mercado de forma muito enxuta bastante semelhante a como era no capitalismo
liberal clássico, mantendo apenas medidas antitruste, combate especulativo,
normativas bem estabelecida para o mercado de investimentos e ainda mais
austeridade fiscal em diferença ao que era aplicado no liberalismo clássico.
Capitalismo keynesiano, vertente que carrega esse nome em função de ter sido
formado praticamente do que pregava o economista britânico John Maynard Keynes,
e tem o objetivo justamente de intercalar preceitos de outras vertentes ou
seja, se em determinado momento o mercado exigir maior participação do estado
ele o fara e assim vice versa, mas diferente do que seria isso ocorrendo em
outra vertente que se mostra ineficaz e força a mudanças, aqui essa dinâmica
não se faz devido a necessidade e sim já é prevista diante de sinais econômicos
estatísticos que avisam as autoridades muito antes da crise se instalar que por
sua vez acionam gatilhos institucionais para mudar a forma que o estado está
participando no mercado.
O
capitalismo ainda hoje continua se atualizando com o surgimento novas vertentes
e inovações tecnológicas e filosóficas.
Pontos
altos do capitalismo; Inúmeros pontos altos residem nesse sistema, como
destacado anteriormente sua maleabilidade e adaptação as necessidades que se
apresentem pouco mudando seus fundamentos, seu forte incentivo ao
desenvolvimento tecnológico e otimização de processos produtivos, sua
possibilidade de mudança de classes sociais para o indivíduo sem a necessidade
de convulsões sociais que mesmo sendo difícil de acontecer não é engessada ao
ponto de impedi-la de fato, e as inúmeras experiências já ocorridas que
demonstram dados estatísticos muito confiáveis do que dá certo e o que dá
errado em determinadas situações e que podem ser usadas para uma tomada de
decisões mais assertivas das autoridades.
Pontos
baixos do capitalismo; O capitalismo por si só não incentiva valores éticos, ou
seja, necessita de uma política educacional e cultural externa para impedir que
a ganância gerada pela busca de lucro e acúmulo de capital leve a destruição do
meio ambiente e não ultrapasse limites aceitáveis de exploração das classes
baixas. Outro defeito muito grande do sistema é a sua complexa e imensa base de
dados feita de forma muito técnica, mas pouco intuitiva e de difícil
assimilação pelas massas pouco intelectuais, dessa forma fica fácil de
vilanizar o sistema pelos defensores de outros sistemas econômicos perante a
opinião pública.
Análise
do capitalismo; Longe de ser um sistema perfeito e tendo de ter uma constante e
responsável manutenção no seu modo de funcionamento e necessitando de
ferramentas externas aos domínios do que se entende como parte do sistema
econômico em si, esse no entanto é o único sistema que até então conseguiu
levar uma ou mais sociedades humanas a um nível de desenvolvimento elevado e
sustentável, seus fracassos se devem a problemas negligenciais e por isso, ate que surja uma alternativa melhor deve ser o defendido se a
pessoa assim tiver a intenção de estar do lado da razão e não do lado que
pareça o mais "cool" de discussões sérias, deixando para defesa de
pessoas de conhecimento superficial o papel de atacar o que não entendem.
Socialismo; O sistema econômico socialista foi teorizado pelo sociólogo
prussiano Karl Marx que tinha uma visão bastante simplista sobre como empoderar
as massas e assim mantê-las no poder, para Marx a melhor forma de empoderar as
massas seria lhes dando o controle total sobre a economia ou seja, meios de
produção de bens e serviço, propriedades físicas e monetárias, e
consequentemente do próprio estado, a posse sobre tudo isso seria dividido de
forma mais igualitária possível e então engessada para que ninguém mais se sobressaísse
sobre o outro, assim um governo democrático seria perfeito e também a relação
governo e estado para com o indivíduo civil e sociedade, ao idealizar essa
forma de concretar uma estrutura de governo acabou por inaugurar um sistema
econômico teórico.
Marx
também estabeleceu um conjunto de ideias para fazer essa transferência de
modelo econômico ao lado do seu amigo, empresário e pensador também prussiano Friedrich
Engels, a obra o Manifesto Comunista, essas ideias em função do choque que
resultaria com os atuais fundamentos que regiam a sociedades obviamente
resultariam em uma convulsão social de proporções épicas, a revolução
resultante inauguraria um governo super inchado, poderoso e autoritário e que
iria aos poucos moldando a sociedade para deixar de ter esse caráter
autoritário e o próprio povo fizesse a partir de então a manutenção desse novo
meio de produção culminando no socialismo, esse período em que o povo ainda não
tem o controle sobre o que lhe deve pertencer e sim o governo revolucionário se
mostra um sistema econômico a parte e novamente os pensamentos liderados por
Marx acabam por resultar no que se entendem como um sistema econômico
totalmente independente em seus fundamentos, esse sistema é o comunismo que vai
ter sua explicação mais adiante aqui na publicação.
Ao
longo da história diversas vezes essas revoluções ocorreram, países inteiros
mergulharam nesse experimento e tentaram alcançar o tão almejado socialismo que
Marx pregava mas todos até o momento da postagem dessa publicação fracassaram,
isso porque todos não conseguiram passar do estágio que se encontravam ainda no
sistema comunista, os povos que lutaram por uma economia planificada e sob o
efetivo domínio das massas nunca se viram com esse poder nas mãos e sim de
governos autocráticos extremamente avessos a democracia embora fizessem parecer
deseja-la em discursos políticos. O poder saiu das mãos da burguesia e nunca
chegou ao proletário, ficou pelo caminho, nas mãos dos
"transportadores" desse poder.
Marx
descrevia sua filosofia de sistema como socialismo científico, mas isso é
amplamente refutado nos trabalhos do filósofo austro-britânico Karl Popper em
que demonstra como as afirmações científicas auto-dirigidas por Marx para seus
próprios trabalhos estão repletas de contradições, falta de rituais de teste
para que seja passível de contestação e com muitos induitivismo e
falsificacionismo e por isso não-científico, ficando muito mais próximo de uma
crença religiosa.
Pontos
altos do socialismo; O sistema socialista nunca foi implementado com sucesso
por isso não se tem um experimento para que se possa avaliar seu desempenho
prático sendo necessário uma procura por qualidades e defeitos baseado nos seus
fundamentos teóricos, dessa maneira é válido dizer que o sistema tem inúmeras
qualidades pois teoricamente elas estão lá mas caso fossem colocadas em prática
a sempre o risco de poderem se mostrar não necessariamente qualidades de fato.
Uma
qualidade seria a falta de incentivo a ganância e dessa forma ao planejamento
mais adequado do ponto de vista renovável no uso de recursos naturais, proteção
ao meio ambiente e respeito com a mão de obra por parte do setor produtivo da
sociedade pois o que estaria em jogo não seria a redução de custos para
maximizar o lucro e sim a otimização ética e responsável. Outra qualidade seria
falta de desigualdade social reduzir a criminalidade e introduzir novos
pensadores as fileiras acadêmicas pois com o mesmo espaço provindo da sua
condição igualitária certos indivíduos produziriam em conhecimento o que em
outros sistemas não conseguiriam devido a dedicar todo seu tempo e energia para
garantir a própria subsistência ou da sua família e por serem ofuscados por
discursos sob os holofotes que a condição social mais abastada garante estando
fadados a não produzirem ou terem uma produção mais pobre e pouco aproveitada
de conhecimento. Possibilidade também de recursos, bem e serviços tidos como
luxos e antes restritos a algumas pessoas em grande quantidade serem em menor proporção,
mas ainda sim usufruído por todos, mais igualdade nos processos políticos e
jurídicos e devido a esse último a justiça se fazer mais presente na sociedade.
Pontos
baixos do socialismo; Pode parecer contraditório mas como referido
anteriormente muitos pontos altos correm o risco de se mostrarem na verdade
pontos baixos, um custo de trabalhar no campo da teoria.
A mesma
otimização diferente da buscada em outros sistemas econômicos que poderia
alcançar maravilhas pode na verdade diminuir a produtividade levando a escassez
não só dos mesmo luxos que poderiam ser usufruídos pela maioria do povo como a escassez
até mesmo de necessidades básicas para sobrevivência antes tidos em abundância,
a falta de recursos levaria a um aumento da criminalidade e as fileiras
acadêmicas poderiam não só diminuir pelas dificuldades enfrentadas como
praticamente desaparecer uma vez que esse sistema não incentiva o esforço.
Afinal, "se não é possível crescer e acender na sociedade, por que correr
atrás de conquistas difíceis e não somente fazer o básico ou até mesmo menos e
deixar os outros trabalharem para mim?" Esse pensamento é muito comum na
mente de pessoas que precisam de uma dose saudável de ganância para se tornarem
diferenciadas ou até mesmo meramente produtivas, sobrando apenas aquelas que
por personalidade típicas iriam atrás de promover o progresso da sociedade, é
errado pensar que isso não ocorreria ou que alguém é mal ou bom por pensar de
tal maneira, o ser humano é diferente e essas características devem ser
respeitadas e trabalhadas por um sistema pensado nelas e não o contrário.
O
socialismo também conta com o problema de não ser nem um pouco maleável e
adaptável para buscar com ele remediar crises oriundas de fatores externos a economia.
Mas sem dúvida o maior problema desse sistema é a sua absurda dificuldade de
ser implementado, um método eficiente é desconhecido até o presente momento.
Análise
do socialismo; O socialismo é arriscado e mesmo que a teoria estivesse certa e
o sistema funcionasse com mais pontos altos que baixos esse sistema ainda teria
uma lentidão no progresso tecnológico devido ao problema irremediável de falta
de incentivos, pois se esses inventivos existissem a essência da igualdade do
sistema estaria quebrada, a ética e a quantidade de estudiosos pode até
promover o desenvolvimento mas a pressa de fazer ele vir e transformar tudo se
faz por meio do ganho pessoal. Mesmo desconsiderando o fator de velocidade de
desenvolvimento tecnológico os mesmo pontos positivos que em primeiro lugar
levaram Marx a teorizar esse modelo podem ser adquiridos no capitalismo tão
repudiado por ele, bastariam para isso uma implementação de políticas de
promoção de valores éticos e culturais que transforma a sociedade sem danos aos
fundamentos do sistema capitalista, sendo assim impede valer o risco de se
aventurar em algo desconhecido na prática em detrimento de outro caminho
confiável e que rende frutos tão bons quanto ou melhores.
O
socialismo é uma utópica e provavelmente nunca ira virar realidade para o mal
ou para o bem das pessoas desse mundo.
Comunismo; Apesar desse sistema econômico ter sido criado por
consequência de tentativas do sociólogo prussiano Karl Marx de estabelecer um
estado de transição do sistema capitalista para o sistema socialista ele veio a
se estabelecer de forma muito mais que transitória nos países em que foi
implementado e até a ficar definitivamente em alguns casos.
O comunismo funciona por essência em
autocracias e nos seus fundamentos básicos está a ausência da propriedade
privada e de muitas liberdades individuais que possam representar uma ameaça ao
regime econômico e de governo, todos os meios de produção de bens e prestação
de serviços são estatais ou seja, pertencem ao estado e são administrados por
líderes de um governo composto por membros de um movimento ou partido. No
sistema comunista não existe uma noção bem definida de classes ou castas
sociais, a igualdade que pregam é explicitamente inexistente uma vez que quem está
no governo em funções administrativas que necessita de vínculo com o movimento
ou partido acaba por ter uma posição muito mais privilegiada que outros
trabalhadores que estão em outras funções, as futuras gerações desses mesmos
funcionários privilegiados acabam por serem acomodados nesse tipo de esfera da
máquina pública abrindo espaço para novos integrantes eventualmente.
Incentivos aqui também são confusos pois se o
indivíduo tem algo a agregar ao desenvolvimento do que está dentro dos
interesses do regime ele tende a ganhar uma posição mais privilegiada na
máquina pública mas esses inventivos são inferiores aos que podem ser
encontrados por exemplo no capitalismo, outra diferença é que eles como
referido e agora destacado não valem para tudo que vem para o bem da humanidade
e sociedade em si e sim dos interesses do regime inclusive com essas
contribuições não sendo necessariamente de posse do seu criador, exemplificando
em uma situação fácil de entender, um indivíduo que descubra um método de
produção mais prático de explosivos ou então de energia elétrica por exemplo e
deixa essa informação vazar não tem direitos sobre o que deve ou se algo deve
ser feito a respeito daquilo, o governo imediatamente ira se apossar da maneira
que for possível desse conhecimento e caso o indivíduo se recuse a colaborar
por meio de ganho de cargos ele pode ser taxado de traidor ou criminoso e ser
forçado a colaborar compulsoriamente por meio de punições físicas e
psicológicas.
As
forças que levaram o sistema comunista a se perpetuar em diversos países não
foram as convicções ideológicas em torno de entender ele como bom mas sim por
convergência de dois fenômenos, seus líderes se corrompem e mesmo sabendo que
aquilo não é o ideal para o povo como um todo, é para os seus interesses
pessoais, e também pela questão de não conseguirem atingir de forma sustentável
o funcionamento da economia nos moldes do sistema socialista, tendo ocasiões
que são mais por um motivo e tendo ocasiões que são mais devido ao outro
motivo. O sonho socialista vai assim desaparecendo no horizonte distante e fica
para trás a dura e implacável realidade com o comunismo.
Pontos
altos do comunismo; É muito difícil enxergar algo de bom no comunismo, por ser
um sistema econômico que anda unido a
estrutura de governo autocrática ele é perverso e causa enorme sofrimento para
quantidades enormes de pessoas, genocídios, guerras, destruição intelectual,
perseguições e falta de liberdade são algo que esse sistema traz para fazer
presença quase que permanentemente nos países que se instala.
Mas
tentando ver algo positivo na sua existência podemos colocar que o sistema pode
sim vir a servir para sua função inicial, a de ferramenta de transição para
outro sistema econômico, isso se deve ao fato que sua implementação é bastante
simples, uma revolução se utilizado de massas ludibriadas por promessas muito
convenientes que causam uma convulsão social seguido da tomada total de tudo
que tenha valor dentro do estado por meios militares e por fim a subjugação de
toda oposição de forma inescrupulosa, após esse processo fica fácil com a
estrutura civil embora deformada mas ainda funcional e com tanto poder
concentrado e nenhum obstáculo interno colocar em ação a implementação de outro
sistema econômico ou estrutura de governo que se tenha interesse e que
anteriormente seria muito trabalhoso de se conceber. Talvez não sirva para
implementar o socialismo tão sonhado por Marx e por todos que se colocaram a
lutar para abandonar o capitalismo nos tempos que ele permitia a exploração
indiscriminada do proletário, mas seria sombriamente muito eficiente para com
outro sistema que venha ainda a se apresentar, com correções para que ele não
venha a ter líderes que acabem por se corromper claro.
Pontos
baixos do comunismo; O sistema comunista é um retrocesso em todos os sentidos
ao sistema que veio para substituir, o capitalismo, naturalmente isso seria a
justificável já que sua proposta inicial não fora vir para ficar mas de levar a
experiência socialista, muito tentadora comparada ao capitalismo sem os ajustes
das vertentes modernas. Como os pontos aqui levantados se refere ao sistema
comunista em si, ele é ineficiente em evoluir as liberdades, tecnologias, bem
estar, produtividade, ética e sustentabilidade da sociedade civil humana e vai
além, a regride a se tornar comparável com o seu estágio evolutivo dos tempos
de apogeu do sistema econômico feudal.
Análise
do comunismo; Encarar o sistema econômico comunista como um fim só pode ser
feito por pessoas mal intencionadas, ele é um meio, e deve ser levado como
opção por quem acredita em alguns princípios defendidos pelo filósofo italiano
Nicolau Maquiavel em que os meios são justificados pelos fins, e assim usá-lo
para posteriormente implementar outro sistema que considere digno de
experimento, quando afirmo apenas alguns princípios de Maquiavel e devido ao
fato dele nunca ter apoiado experimentos utópicos como é justamente a motivação
analisada.
Esse
sistema causou e causa muito sofrimento e hoje o grande responsável por seu pontapé
inicial Karl Marx é odiado por uma comunidade gigantesca de pessoas ao redor do
mundo, assim como igualmente é praticamente idolatrado por um enorme fã clube
que ainda está sonhando com suas ideias funcionando. Ambos os grupos não podiam
estar mais errados, Marx além de suas teorias de como melhor estudar uma
sociedade nada mais fez o que é justamente a proposta desse blog, teorizar uma
alternativa ao que existia para reger a sociedade na sua época, para quem gosta
da situação que se encontra nossa organização social, nosso sistema econômico e
estrutura de governo lembre que a história nos mostra que sempre é possível
melhorar e que algo que funciona hoje pode não necessariamente funcionar
amanhã, caso não houvesse mudanças e suas propostas hoje ainda estaríamos no
feudalismo ou então algo mais primitivo, se faz importante dessa maneira
respeitar os intelectuais que tentam ver as alternativas, sendo igualmente
importante saber também reconhecer quando algo está errado, Marx idealizou algo
que se mostrou unanimemente nas experiências muito ruim quando falamos do
comunismo e impossível de ser colocado em prática quando falamos do socialismo,
se apegar a essas propostas que já fracassaram sem apresentar nada de
significativamente novo para abrir possibilidades de um desfecho diferente é no
mínimo sem sentido para não dizer outra coisa.
Anarquismo; Venho colocar esse fenômeno na área de sistemas econômicos
porque é nela que ocorre a maioria dos equívocos como a criação do termo
"anarco-comunismo" por exemplo, mas o mesmo vale se estivesse na área
de estruturas de governo.
Anarquia não é um sistema econômico e não é um organização de poder ou
governo, é a ausência de ambos, sem pontos altos e baixos, nem análise teórica
ou prática, é apenas um fenômeno social e que não tem como de nenhuma maneira
se hibridizar com um sistema econômico como o termo referido no parágrafo a
cima, quem acredita nisso é porque não entende o real significado de ser um
anarquista.
O
indivíduo que se torna um anarquista não está apenas em uma concordância com
essa forma de pensar, mas também em um estado emocional que contrária a ordem
natural da espécie humana uma vez que somos uma espécie sociável. Tendo um
desejo ilimitado por não aceitar nenhum tipo de ordem ou forma de entender o
que é certo e errado e se tornando um completo agente do caos.
Momentos de rebelião, guerras, principalmente as guerras civis,
convulsões sociais, revoluções e demais eventos de desordem radical costumam
ter o apoio de anarquistas mas após a nova ordem se estabelecer uma vez que o
seu vácuo não perdura, os anarquistas passam imediatamente a se opor a essa
nova ordem e a assim tocar suas normalmente curtas vidas se conformando em
nunca alcançarem seu objetivo e sim se manter na eterna luta por ele, gostam
disso! Quem não pensa dessa maneira e se declarar anarquistas são na verdade
pseudos-anarquistas.
O
exemplo de personagem anarquista fictício mais notável é o Coringa, brilhantemente
interpretado pelo ator australiano Heath Ledger no filme
britânico-estadunidense da Warner Bros Pictures, Batman o Cabeleireiro das Trevas
2008, cujo qual consegue passar o quão sem conexão com a forma de pensar comum
de um ser humano alguém na condição de anarquista tem.
Por
isso já fica explicado aqui também o porquê não irei tentar compactuar desse
equívoco e explicar erroneamente esses termos como, anarco-comunismo,
anarco-socialismo, anarco-liberalismo etc...Sendo eles quando tendo algum
significado coerente no máximo uma frente de militância de alguma ideologia que
está se utilizado de forma oportunista de pessoal anarquista e não uma
ideologia distinta quem dirá um sistema econômico com fundamentos
independentes.